Darci Lermen (MDB) voltou na quarta (14) ao cargo de prefeito de Parauapebas após decisão proferida pelo desembargador José Maria Teixeira do Rosário, que julgou o agravo de instrumento impetrado pela Prefeitura e suspendeu os efeitos da decisão do juiz Lauro Fontes Júnior, que afastou o emedebista do cargo em 8 de novembro deste ano.
O afastamento do prefeito ocorreu por conta do descumprimento da ordem judicial, que impedia novas contratações para cargos na Prefeitura, mas que não foi o suficiente para a impedir o aumento em 18.000% (dezoito mil por centro) no número de contratações nos quatro primeiros meses de 2022.
O que chama a atenção nas contratações é, sobretudo, o número de cargos temporários, que chegaram a 6.900, contra 183 desligamentos – número destacado na decisão do juiz Lauro Fontes.
A chamada “farra dos contratados” também apresentou outras irregularidades, como vínculos com menores de 18 anos, pessoas ganhando abaixo de um salário mínimo e até mesmo quase 200 pessoas recebendo acima do teto, com salários em volta dos R$ 50 mil.
A justiça havia determinado que a Prefeitura teria o prazo de 30 dias para desligar todos o quantitativo de contratados que ultrapassassem 2.730, mesmo número de servidores em dezembro de 2021. Essa decisão foi reformada pelo desembargador, que estendeu o prazo para 90 dias.
Apesar da volta de Darci à cadeira na Prefeitura da “Capital dos Minérios”, o recurso foi apenas parcialmente deferido, de forma que a “farra dos contratados” ainda promete muitos capítulos na política parauapebense.
Com informações do Portal Correio
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