O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin lançaram neste sábado (07/05) a pré-candidatura de sua chapa ao Palácio do Planalto, em um evento em São Paulo que formalizou a união dos dois ex-adversários para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro e deu o contorno do discurso político que será usado por ambos até outubro.
Além do PT e do PSB, a chapa conta com Solidariedade, PSOL, PC do B, Rede e PV. Antigo adversário de Lula, o ex-governador paulista, de perfil conservador, começou uma aproximação com o petista no fim do primeiro semestre de 2021, um lance que inicialmente provocou incredulidade entre observadores políticos.
A jogada de agregar um vice de um espectro político diferente não é uma novidade para Lula, que em 2002 foi eleito tendo o empresário José Alencar como companheiro de chapa. Mas a formação de uma chapa com um antigo adversário político – Lula e Alckmin se enfrentaram nas eleições presidenciais de 2006 – é uma das escolhas mais ousadas que Lula fez em sua carreira política e enfrentou resistência dentro do PT.
O que Alckmin falou
O ex-governador paulista foi diagnosticado com covid-19 na sexta-feira e fez seu discurso por meio de vídeo, estruturado em três eixos. Um deles foi assegurar que será um vice leal a Lula, para tentar dirimir críticas ao seu nome entre os petistas, em parte ainda traumatizados pela experiência de Michel Temer ter participado das articulações pelo impeachment de Dilma Rousseff e céticos sobre o benefício eleitoral da aliança.
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