Um policial penal identificado como Maxwell Anderson Carlos Santos foi preso em flagrante no último domingo (15), acusado de abusar sexualmente de dois presos provisórios na Cadeia Pública de Parauapebas, sudeste do Pará. Os detentos denunciaram o caso durante uma audiência de custódia, revelando terem sido coagidos pelo agente enquanto ele estava armado e sob efeito de álcool e entorpecentes.
Após a audiência, a juíza determinou a prisão imediata do suspeito, que foi levado à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas. Ele foi indiciado pelo crime de estupro, conforme o artigo 213, caput, combinado com o artigo 226, inciso II, do Código Penal Brasileiro.
O agente já havia se envolvido em outro incidente grave cerca de 20 dias antes, em Marabá, no sudeste paraense. De acordo com os relatos, Maxwell foi visto sob efeito de álcool e drogas ameaçando clientes de um comércio com arma de fogo. Quando localizado pela Polícia Militar, ele foi flagrado em um local escuro praticando sexo oral em dois homens, moradores da região.
A direção da Cadeia Pública de Parauapebas ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A Polícia Civil segue investigando os acontecimentos, apurando as circunstâncias e reunindo evidências. Maxwell permanece sob custódia à disposição da Justiça.
O histórico de comportamento do policial penal, aliado à gravidade das acusações, pode resultar em sua exoneração do quadro de servidores públicos.
O ocorrido levanta discussões sobre os direitos e a proteção dos detentos no sistema prisional. Do ponto de vista legal, Maxwell Anderson Carlos Santos é indiciado pelo crime de estupro, conforme o Código Penal Brasileiro, agravado pela sua posição de autoridade. Caso a condenação seja confirmada, ele poderá enfrentar penas severas, além da possível demissão do cargo e a perda de direitos administrativos e judiciais.
A situação também evidencia as deficiências do sistema prisional e a necessidade urgente de medidas preventivas para proteger os direitos humanos das pessoas detidas. É crucial que haja uma supervisão mais rigorosa das unidades prisionais e que políticas de proteção dos presos sejam implementadas com transparência e responsabilidade.
As vítimas que sofreram qualquer tipo de abuso no sistema prisional devem entrar em contato com órgãos e instituições responsáveis pela fiscalização das unidades prisionais, como a Ouvidoria das Secretarias de Administração Penitenciária e a Defensoria Pública.
Além disso, é importante buscar apoio de organizações sociais e de direitos humanos, que oferecem suporte emocional e jurídico às vítimas. Canais oficiais, como delegacias da Polícia Civil e a Promotoria de Justiça, também são caminhos viáveis para relatar abusos e garantir a responsabilização dos agentes envolvidos.
Garantir a transparência das investigações e fortalecer o suporte às vítimas são passos essenciais para restaurar a confiança no sistema prisional e assegurar que todos os cidadãos, mesmo privados de liberdade, tenham seus direitos respeitados.
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