Mesmo com a partida do papa Francisco e a grande comoção em todo o planeta, alguns críticos ao ex-pontífice se manifestaram por conta de pontos de vista contrários aos do argentino.
Na segunda-feira (21), o arcebispo Carlo Maria Viganò, excomungado pelo Vaticano e conhecido por sua postura crítica ao Papa Francisco, voltou a lançar duras acusações contra o pontífice, mesmo neste momento sensível.
Em um comunicado repercutido pela imprensa italiana, Viganò afirmou que “há um juízo particular para todos, do qual nem Bergoglio poderá escapar”, referindo-se ao papa pelo sobrenome de nascimento, Jorge Mario Bergoglio.
Viganò acusou Francisco de “usurpar o trono de Pedro para destruir a Igreja Católica e perder tantas almas”, e declarou que o pontífice “terá de responder pelos crimes com os quais foi manchado”.
Essas declarações polêmicas fazem coro às poucas críticas em torno do papado de Francisco, que esteve à frente da igreja católica por 12 anos e faleceu aos 88 anos vítima de um AVC.
O ex-arcebispo foi excomungado em 2024 pela Santa Sé, após recusar-se a reconhecer a autoridade de Francisco, a quem chamava de “tirano fora de controle”.
Além disso, Viganò rejeitava a legitimidade do Concílio Vaticano II e a comunhão com os demais membros da Igreja, o que o Vaticano classificou como um ato de cisma — uma grave ruptura com a unidade da Igreja Católica.
Jorge Mario Bergoglio liderou a Igreja Católica por 12 anos, sendo o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o pontificado. Seu governo foi marcado por uma postura firme contra os abusos sexuais dentro da Igreja, posicionamentos políticos incisivos e uma atuação destacada durante a pandemia de COVID-19.
Francisco havia recebido alta hospitalar em março, após 38 dias de internação devido a uma pneumonia. Sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, na Praça São Pedro, apenas um dia antes de sua morte.
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