Segundo o Portal Correio de Carajás uma multidão encheu as ruas da cidade de Novo Repartimento na noite do último domingo, 1º de maio. Com balões brancos e luzes de celulares acessas, as pessoas prestaram as últimas homenagens aos jovens que foram encontrados mortos dentro da reserva indígena Parakanã. Pela cidade foram espalhados faixas e banners com mensagens de luto e pedidos de justiça.
Informações veiculadas nas redes sociais informam que o velório de Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Wilian Santos Câmara – que aconteceu na Câmara Municipal da cidade – iniciou por volta de 20 horas, enquanto o sepultamento ocorreu por volta de 23h30 da noite de ontem.
As circunstâncias e causas das mortes ainda não foram divulgadas. Os homens desapareceram no último dia 24 e os corpos foram encontrados na manhã de sábado, 30 de abril, dentro da área da reserva indígena Parakanã.
O clima tenso entre a população de Novo Repartimento e os indígenas, que se instaurou após o desaparecimento do trio, acabou por disseminar ódio contra o povo Awaeté. Mensagens espalhadas pelas redes sociais causaram preocupação entre os indígenas.
Em uma das mensagens compartilhadas pelo Whatsapp, uma pessoa repete que “o tempo do bom senso acabou, pois se nem a polícia nem Funai deram jeito, alguém deveria juntar pelos menos uns 200 homens e botar os índios para correr… É entrar pra cima deles na bala mesmo”.
Antes mesmo de os corpos serem encontrados, o cacique Xeteria Parakanã antecipou sua preocupação com o clima hostil e gravou um vídeo selfie e o lançou também pelas redes sociais, pedindo ajuda ao poder público, para proteção do seu povo.
“Tão ameaçando de morte todo meu povo. Autoridade e governo federal podia fazer uma coisa com nosso povo aí. Eu preciso de vocês pra ajudar meu povo. A situação não é muito boa pra nós não”, explica.
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