Segundo uma publicação do Portal Correio de Carajás, uma ocorrência do final da tarde deste domingo (29/5) na orla de Marabá causou grande alvoroço entre ribeirinhos e donos de embarcações: foram encontrados o que seriam restos mortais de um ser humano, aparentemente. O material chamou a atenção pelo forte odor e foi reunido em uma sacola plástica.
Pelo trecho de Rio Tocantins em que foi localizado, próximo às náuticas, logo surgiu a especulação de que possa ser do pequeno Davi Luiz Alves Souza, de 3 anos, sumido desde a madrugada do dia 15, quando caiu de um jet ski. Mas as autoridades rechaçam qualquer certeza sobre isso, deixando a missão para o Instituto Médico Legal (IML).
Mais ainda: segundo pessoas ligadas à família da criança e que estiveram no local hoje à tarde disseram que o material mais parecia um feto, do que exatamente os restos mortais de uma criança mais desenvolvida. O tempo já passado desde o desaparecimento de Davi Luiz nas águas, duas semanas, não facilita a esperança de que seja encontrado.
O portal apurou que a equipe do IML estava fora de Marabá na hora da notícia do achado e o primeiro atendimento à ocorrência foi da Polícia Militar e, depois da Polícia Civil, que foi autorizada a recolher o material mesmo sem a presença dos peritos.
ENTENDA
O caseiro Luciano Alves Ferreira, pai do pequeno Davi Luiz Alves Souza, de 3 anos, deve responder pelo crime de homicídio culposo. A confirmação foi feita 25/5, por telefone, pelo delegado William Crispim, que conduz o inquérito policial que investiga a morte da criança. Davi Luiz caiu da garupa da moto náutica pilotada pelo pai, na madrugada do dia 15, no Rio Tocantins, em Marabá, e seu corpo nunca foi encontrado.
A reportagem deste CORREIO apurou que, pouco tempo depois de prestar depoimento, Luciano foi embora de Marabá e estaria, desde então, em uma fazenda no município de Palestina do Pará.
Luciano era caseiro e morava, com a família, na área da náutica onde estava guardada a moto aquática em que ele saiu para passear na madrugada da tragédia. Isso explica o fato de a criança estar com ele naquele horário no local de trabalho.
O jet ski pilotado por Luciano pertence ao proprietário da náutica e tinha sido usado durante o dia por um amigo deste, que deixou o equipamento no galpão com a chave na ignição, como muitos fazem, e Luciano pegou a pequena embarcação, sem permissão de ninguém. Além disso, Luciano não tinha permissão e nem habilitação para conduzir embarcação.
O caseiro pode ter feito isso porque estava sob efeito de bebida alcoólica. Prova disso é que, ao ser conduzido para a delegacia, ele foi submetido ao teste do etilômetro (bafômetro), que confirmou a ingestão de bebida alcoólica com teor de 0.47mg/L. essa quantidade de álcool no sangue já é considerada crime.
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