Canaã dos Carajás é a segunda cidade a receber a Bienal das Amazônias, que abre ao público dia 7 de agosto e se estende até 30 de setembro, na Casa da Cultura de Canaã dos Carajás, espaço que integra o Instituto Cultural Vale no Pará. A mostra traz o conjunto completo de obras da artista Elza Lima, fotógrafa homenageada na 1ª edição da Bienal, realizada em Belém em 2023, com o tema Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos. Todas as 20 fotos estarão expostas na cidade pela primeira vez, para visitação gratuita. A itinerância é patrocinada pelo Instituto Cultural Vale por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura Rouanet.
Elza Lima é uma importante e premiada fotógrafa paraense que durante décadas registra os habitantes da região amazônica. Segundo a curadora Vânia Leal, as fotos da mostra em Canaã dos Carajás testemunham a sensível vida ribeirinha do Pará. “Por meio de sua lente, Elza Lima captura as tradições culturais e o cotidiano das comunidades que habitam as margens desses imensos rios. Suas fotografias evidenciam histórias e conexões com a natureza e são premiadas em diversas exposições pelo mundo afora, que fortalecem a autenticidade de sua poética”, explica Vânia.
“A Casa da Cultura de Canaã vem se consolidando como um importante espaço de circulação artística na região, o que proporciona a democratização da cultura. Trazer esse recorte da Bienal, também é compartilhar, de forma coletiva, um olhar plural sobre o que é ser amazônida”, ressalta Gabriela Sobral Feitosa, diretora da Casa da Cultura de Canaã dos Carajás.
A Bienal das Amazônias teve sua primeira edição em Belém entre agosto e novembro de 2023 e reuniu artistas e coletivos de oito países da Pan-Amazônia, além da Guiana Francesa. “Estiveram presentes trabalhos de 123 artistas de todos os Estados amazônicos, com o intuito de fortalecer o território a partir das artes”, explica a presidente da Bienal das Amazônias e do CCBA, Livia Conduru.
Crédito/Foto - Luiz Fernandes
Elza Lima enaltece as itinerâncias por serem uma forma de exibir as obras à população além do território da capital. “Me sinto muito feliz por estar representando as mulheres amazônidas em um evento de grande potência como a primeira Bienal das Amazônias e sua itinerância, contemplando os interiores”, destaca.
Por Safira Pinho
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