Na 36ª Sessão de 2023 os vereadores aprovaram a Moção de Apoio 001/2023, direcionada as famílias de agricultores que estão sendo retirados da região Indígena desde o dia 02 de outubro.
Estão dentro da área, localizada no município de São Felix do Xingu, cerca de trezentos agentes de instituições federais em uma grande operação de desintrusão, prevista para durar ao menos noventa dias. Eles cumprem uma ordem judicial expedida por Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal, de junho de 2023, atendendo um pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), de agosto do ano passado.
As Terras Indígenas atravessam quatro municípios do Pará - São Félix do Xingu, Altamira, Anapu e Senador José Porfírio, no sudoeste do estado. São quase 2.500 indígenas de 51 aldeias vivendo nas duas áreas. No entanto, a presença dos agricultores prejudica o meio ambiente, ameaçando a caça, pesca e ainda gera conflitos dificultando a sobrevivência dos indígenas.
Segundo o Chefe de operações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Hugo Santos Neto a princípio a operação fez visita, comunicando e notificando as pessoas que fizessem a saída voluntária do local. Depois disso, iniciou a fase de desintrusão, onde deve ser apreendido tudo o que for encontrado, tanto o gado quanto o material que for deixado pra trás.
A Moção é de autoria dos vereadores Junior Garra e Anderson Mendes. Na Tribuna Anderson falou da dificuldade que as famílias que estão sendo retiradas vivem neste momento:
- Ficaram porcos pra trás, ficaram galinhas pra trás e ameaçam colocar fogo nos carros deles, ameaça de receber multa de 10 mil reais por dia. E aquele desespero das pessoas tirando gado, soltando gado no corredor. Nas estradas parecendo um cemitério de gado morrendo porque as pessoas não têm pra onde levar. A maioria das pessoas que moram ali não tem pra onde ir, estão pedindo as pessoas que moram ali próximo pra deixá-los ficarem até ver o que vão fazer.
No Grande Expediente os vereadores presentes manifestaram apoio a família do irmãos Gabrielle e Andrey Pereira Mota brutalmente assassinados em 28 de outubro. Os pais, Antonio e Celma, estavam presentes na sessão acompanhados de vários amigos que participaram de uma caminhada pelas ruas da cidade, pouco antes de chegarem à Câmara, pedindo justiça pela morte dos irmãos.
Com informações da Ascom/CMCC
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