Na sexta-feira, dia 1º de setembro, a Fazenda Mutamba foi novamente invadida por homens armados, grupo estimado em 50 pessoas, que promoveram um verdadeiro terror psicológico com os funcionários da propriedade, mantidos em cárcere por alguns minutos. Logo em seguida, de acordo com o relado do proprietário da área, Sérgio Mutran, eles colocaram os colaboradores da fazenda para correr, literalmente.
Ao Portal Correio, Sérgio informou que a sede da fazenda não chegou a ser invada, mas sim uma área chamada “Retiro”, uma parte do complexo, onde existem casas com duas famílias de funcionários. Um dos funcionários foi ameaçado com uma arma na cabeça e teria ficado como refém por alguns minutos até ser liberado. “Um verdadeiro bang bang. Um terror”, resumiu Sérgio.
A Delegacia de Conflitos Agrários (DECA) e a Patrulha Rural da Polícia Militar foram acionadas em Marabá. O delegado de Conflitos Fundiários, Antônio Mororó Júnior, no entanto, estava fora da cidade ontem, atendendo a outra ocorrência grave no campo, junto com a sua equipe.
No início da noite, finalmente, uma guarnição da Polícia Militar chegou à sede da Mutamba para tomar pé da situação, mas pouco pode fazer com o cair noite, devendo ficar para este sábado as providências.
Além da ameaça psicológica aos funcionários da Mutamba, os invasores também já começaram a matar animais da fazenda, tendo retalhado uma vaca ontem mesmo, segundo relatos.
Animais da fazenda começaram a ser mortos ontem por invasores
Histórico de invasões
Desde 2013 a fazenda, localizada na zona rural de Marabá, vem sendo alvo de invasões. Acusados já foram presos e soltos; a sede já foi depredada; gado já foi roubado e uma área de preservação ambiental tem sido devastada.
Nesta imagem de arquivo, a ocasião anterior em que o mesmo local foi invadido
Os proprietários têm em seu favor uma decisão de Reintegração de Posse de setembro de 2017, expedida pelo juiz Amarildo José Mazutti, titular da 3ª Região Agrária.
Nem a atenção da justiça, as reiteradas decisões e a ação das autoridades suscitam o respeito dos grupos de bandidos que agem se fazendo passar por sem-terras.
Com informações do Portal Correio
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