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Operação da PF mira Bolsonaro, prende coronel Cid e apura fraudes em vacinação

As supostas fraudes nos cartões de vacinação teriam ocorrido entre junho de 2021 e dezembro do ano passado, segundo informações da Polícia Federal

03/05/2023 às 13h53 Atualizada em 09/05/2023 às 15h34
Por: Redação Fonte: O Antagonista
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Foto: reprodução/Canaã Tem de Tudo
Foto: reprodução/Canaã Tem de Tudo

A Operação Venire, desencadeada na manhã desta quarta-feira (3) para apurar a atuação de um grupo responsável por adulterar cartões de vacinação junto ao Ministério da Saúde, mira o ex-presidente Jair Bolsonaro e o chamado núcleo duro do Palácio do Planalto.

Estão sendo cumpridos 6 mandados de prisão. Foram presos o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o sargento Guilherme Max, ex-segurança presidencial. Os dois ainda trabalham como assessores do ex-presidente – por lei, ex-chefes de Poder Executivo têm assessores custeados com dinheiro público. Não houve pedido de prisão de Jair Bolsonaro.

Segundo informações da Polícia Federal apuradas por O Antagonista, as fraudes nos cartões de vacinação ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. O cartão de vacinação de Bolsonaro também foi fraudado. As informações prévias apontam que foram incluídos dados de vacinação antes de ele viajar para os Estados Unidos para o seu autoexílio.

Por decreto, Jair Bolsonaro havia determinado sigilo em seu cartão de vacinação por um período de 100 anos.

Conforme agentes da PF ouvidos por este site, a atuação do grupo começou quando Mauro Cid solicitou a um sargento do Exército, que é médico, para que fosse incluído dados falsos na carteira de sua esposa. Depois disso, outros integrantes do então núcleo presidencial foram beneficiados.

Além de Cid, Bolsonaro, também houve adulteração nos dados de vacinação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de Laura, filha mais nova do ex-presidente da República. O grupo deve responder por crimes como infração de medida sanitária, associação criminosa, por falsidade ideológica e até corrupção de menores.

A operação desencadeada hoje foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes após solicitação da Procuradoria-Geral da República. As denúncias ocorreram por meio da CPI da Covid, pelo núcleo que investigou indícios de fraudes nos sistemas do Ministério da Saúde.

Moraes também expediu 16 mandados de busca e apreensão. Um deles na residência de Jair Bolsonaro. A PF apreendeu o celular de Bolsonaro. Mas o ex-presidente não entregou a sua senha para os agentes.

 

Com informações do O Antagonista

 

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