A Defesa Civil de Marabá no sudeste paraense emitiu um comunicado pedindo à população que evite as águas do rio Tocantins. O pedido é por conta da situação de contaminação do rio por ácido sulfúrico, que era transportado por uma das carretas que caíram da ponte Juscelino Kubstcheck de Oliveira, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). A distância entre Marabá e Estreito é de cerca de 300 quilômetros.
Segundo a nota emitida, “a Prefeitura de Marabá e a Diretoria de Proteção e Defesa Civil de Marabá in- formam que, no acidente ocorrido na ponte que interliga os estados do Maranhão e Tocantins, onde 4 caminhões, 1 caminhonete e 2 motos caíram no rio Tocantins, sendo confirmado que 1 deles transportavam defensivos agrícolas e 1 com produto químico corrosivo (acido sulfúrico) altamente perigoso.
Solicitamos a todos os moradores e comunidades situadas as margens do rio Tocantins que evitem qualquer contato com a água do rio. O contato com esses produtos pode desencadear reações químicas graves e oferecer sérios riscos à saúde, como queimaduras, intoxicações e outros problemas.
As equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e outras autoridades já estão avaliando e monitorando a situação. A população deve aguardar "novas orientações oficiais" antes de utilizar a água para qualquer finalidade.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Marlivon Almeida de Andrade, a entidade está acompanhando a situação com equipes disponibilizadas para fazer o monitoramento das águas pelo menos duas vezes por dia.
“O alerta é apenas para atenção aos moradores não há motivo para alarde”, disse. “Equipes irão fazer o recolhimento das águas e irão analisar com biólogos para verificar a situação. O ocorrido está a mais ou menos 300 quilômetros, então os resíduos devem demorar uns três ou quatro dias para chegar aqui em Marabá”, declarou ele por telefone.
Marlivon declarou ainda que a Defesa Civil Municipal está trabalhando junto com a Cosanpa, Companhia de Abastecimento e Saneamento do Pará, que faz a captação das águas do rio Tocantins para o abastecimento da cidade. “Não haverá falta de água, a situação não vai comprometer o abastecimento”, enfatizou.
Ao menos 14 pessoas estão desaparecidas após o vão central da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, sobre o Rio Tocantins, ceder na tarde deste domingo (22). A informação foi repassada à Agência Brasil nesta segunda-feira (23) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a Defesa Civil da cidade de Estreito, no Maranhão, uma pessoa morreu e uma está hospitalizada. O órgão disse ainda que as informações são preliminares, com a possibilidade de aumento no número de desaparecidos.
Localizada na BR-226, a ponte liga os municípios de Estreito (MA) e de Aguiarnópolis (TO). Na tarde de domingo, o vão central da ponte, com 533 metros de extensão, cedeu, provocando a queda de pelo menos dez veículos, dos quais quatro caminhões, quatro carros de passeio e três motocicletas. Em razão do acidente, a BR-226 foi interditada.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, informou, por meio de uma rede social, que equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estão em deslocamento para o local. “Equipes da autarquia estão se deslocando para o local visando avaliar a situação, apurar as possíveis causas e tomar as medidas necessárias”, informou.
Nesta segunda-feira, o ministro deve visitar o local do acidente, juntamente com os governadores do Maranhão, Carlos Brandão, e do Tocantins, Wanderlei Barbosa. Renan Filho vai tratar com o Exército da possibilidade de construção de uma ponte provisória.
Em razão de relatos de que um dos quatro caminhões que caiu no Rio Tocantins transportava substâncias nocivas à saúde e ao meio ambiente, as buscas foram suspensas. Segundo a PRF, entre os materiais estão ácido sulfúrico e agrotóxicos. (Com informações de Agência Brasil)
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